domingo, 11 de março de 2012

Comportamento Agressivo

Com tanta exposição a violência que há no mundo de hoje, uma das coisas que mais preocupam os pais está na manifestação inicial de um comportamento agressivo.
Todos nós, seres humanos sentimos raiva em vários momentos e experiências de nossas vidas, o que é normal dentro de nossa constituição humana, porem quando uma criança muito nova, entre dois e seis anos, passa por alguma frustração ou está assimilando regras sociais e limites, ainda não sabendo lidar com emoções mais fortes e significativas acaba expressando algum comportamento não aceitável e incomodo de algum modo.
Da mesma forma que se deve elogiar a criança no momento de comportamentos positivos, é primordial que exista uma repreenda quando são negativos, para que possa entender e aprender a diferenciar o comportamento positivo do negativo.
É evidente que ela não aceitará as regras e nem os limites dos adultos sem resistência e até irá repetir o comportamento negativo (não aceitável) para testar a veracidade da proibição e a persistência dos adultos responsáveis, ou seja, elas testam a paciência.
Para isso, ela observa com muita atenção no comportamento das pessoas que estão a sua volta e avalia se há consistência e coerência nas regras impostas, ou seja, se os limites valem tanto para o pai quanto para mãe, se é possível cumprir o determinado por eles e se é justo o que está sendo pedido.
Nunca, em momento algum, independente da idade da criança, subestime sua capacidade de observação e compreensão. Toda criança estará sempre atenta a toda atitude e comportamento dos pais para sentir confiança e segurança em seguir seus ensinamentos.
Assim, é fundamental que os pais ou responsáveis conversem entre si para definir e garantir os rumos de uma educação socialmente aceitável para uma melhor qualidade de vida. Isso é fundamental principalmente para pais separados, que não aconteça de um deles exigir e o outro ceda abrindo mão do que fora determinado. O sentido duplo da mensagem gera confusão e desequilíbrio emocional, pois a mesma não saberá como agir e o que se espera dela.
O que fazer, então, quando perceber que a criança está com raiva. Em primeiro lugar, nomeie o sentimento que a incomoda para que aprenda, dizendo-lhe abertamente que sabe que está com raiva e que pode ajudá-la a sentir melhor. Use palavras claras e que contenha de preferência significados que a idade dela compreenda, sem grande argumentação, pois depois de algum tempo, a criança se entendia e desliga. Reafirme seu amor por ela, pois seu maior medo é perder o amor dos pais a das pessoas de quem depende e ama. Jamais diga que ela é feia, ruim ou mal por estar com raiva, lembre se que o sentimento de raiva é um sentimento e faz parte da nossa constituição humana.
Leva-a para um ambiente seguro, que não exista perigo ou possibilidade de machucar-se. De preferência para seu próprio quarto. Pegue uma almofada e peça que a use da maneira que sentir vontade, esclarecendo que o objeto pode substituir aquilo que a esta incomodando. Pode inclusive usar um João-Bobo (brinquedo) ou socar a cama.
Outra forma de expressar a raiva é pegar papel e lápis, desenhando a raiva ou mesmo escrevendo sobre ela. Estes exercícios de expressão emocional fazem com que a criança assimile que pode e deve colocar para fora a raiva, uma vez que não é saudável guardá-la dentro de si, mas expressá-la em situações controladas e dirigidas.
Resumindo a agressividade na criança muito nova é uma forma de expressar que algo não está bem com ela e as pessoas que vivem e estão ao seu redor devem ficar atentas para o que está ocorrendo de diferente, observando sempre de qual ambiente possa estar gerando tal comportamento.
Com a maturidade estes comportamentos vão se rareando e desaparecendo. O mais importante é perceber, leva tempo, exige paciência e muita perseverança dos pais ou adultos responsáveis pela criança.