sábado, 23 de abril de 2011

Programa Pânico incentiva o Bullying!

Pode parecer uma afirmação exagerada, pois para existir o Bullying é necessário uma serie de comportamentos que combinam intimidação e humilhação para atormentar outras pessoas, porém, a humilhação imposta pelo programa é inegável, principalmente entre seus próprios companheiros de equipe.
Recentemente pra quem acompanha, sabe do que o Bolinha junto com a equipe fez com a panicat Bolina, desde que a mesma decidiu casar. Aprontaram durante umas três semanas com ela. Então ela decidiu com a autorização do diretor programa (Alan) para fazer uma pegadinha na qual Bolinha cairia de uma van dentro de uma piscina batizada com xixi, mas a brincadeira de mau gosto deu errado, acabou em uma fratura terrível em seu ombro.
Esse acontecimento mostra que o Bullying não está só dentro das escolas, mas em qualquer ambiente que exista relacionamento pessoais. O mais importante é que este fato não teria tanta repercussão se tais comportamentos inadequados não fossem mostrados em um programa de auditório criado para adolescentes. E de como isso pode ser interpretado por esses jovens, que muitas vezes encontram dificuldades em definir sua própria personalidade.
Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou subjuga. Vemos também que existe uma deficiência em habilidades sociais, carregada de forte preconceito e egocentrismo.
Outros pesquisadores também identificam a falta de tolerância com alta rapidez de enraivecer e usar a força, agindo de forma a encarar as ações de outros com hostis. Portanto, vemos grande quantidade de mensagens no programa que parcialmente definem o Bullying, como por exemplo:
• Insultar a pessoa
• Depreciar e humilhar a pessoa
• Fazer com que a pessoa faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens
• Colocar a pessoa em situação problemática sem qualquer motivo
• Usar expressões ameaçadoras
• Usar de sarcasmo para denegrir alguma deficiência da pessoa
• Fazer com que a pessoa passe por constrangimento na frente de varias pessoas.
Esta última é sem dúvida a mais usada pelo programa, sempre colocando o Bola e as Panicats em situações de extrema exposição e humilhação. Essa banalização é freqüentemente aceita e tais comportamentos encorajados, que só reforça o que é errado e mostra de forma deformada de como se divertir.
O pior disso tudo é que isso acontece por fama e dinheiro. É a velha história daquela afirmação: “pagando bem, que mal tem!” Essa frase me faz lembrar da 3° lei de Newton – Ação e Reação, portanto, espero que as conseqüências destas ações não sejam tão ruins quantos alguns colegas Psicólogos profetizam.

domingo, 20 de março de 2011

Psicologia e Religião

É importante saber que psicólogos e psicólogas não podem atuar, em suas práticas profissionais, a partir de suas crenças religiosas ou místicas. Terapeutas devem atentar para o fato de estarem diante de uma outra pessoa, a qual tem crenças e valores próprios que devem ser respeitados.
Esse tema está previsto no Código de Ética Profissional do Psicólogo, que veda a profissionais da Psicologia induzir a pessoa atendida à convicção religiosa, política, moral ou filosófica.
Assim, o/a psicólogo/a não deve discutir seus conceitos com seus clientes, para não incorrer numa postura inadequada que pode, inclusive, trazer danos psicológicos à uma pessoa atendida. Lembre-se: o que legitima a prática psicológica são as teorias psicológicas e não a religião.(texto do CRP)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Diretrizes Éticas da Psicologia na Questão da Orientação Sexual

Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia entrou para a história ao publicar a Resolução CFP n°01/99, que regulamenta a prática do psicólogo na questão da orientação sexual.
Dos considerandos da resolução, destacamos:
- A forma como cada um(a) vive a sexualidade faz parte de sua identidade;
- A homossexualidade não é doença, nem distúrbio e nem perversão, mas uma variante da orientação sexual, assim como a hetero e a bissexualidade;
- A psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações;
A Resolução não impede os psicólogos de atenderem pessoas que queiram reduzir seu sofrimento psíquico causado por sua orientação sexual, seja ela homo ou heterossexual.
A proibição é claramente colocada na adoção de ações coercitivas tendentes à cura e na expressão de concepções que consideram a homossexualidade doença, distúrbio ou perversão.
Salientamos que a ética dos psicólogos é laica e, portanto, o exercício da profissão não pode ser confundido com crenças religiosas que os psicólogos por ventura professem.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Homofobia

Homofobia é definida como ódio aos homossexuais e por extensão a todos que manifestem orientação sexual ou identidade de gênero diferente dos padrões heterossexuais. A homofobia pode acontecer na forma de violência física, assédio moral ou perseguição. A ideia de uma cultura onde só é permitida a relação afetiva e sexual entre um homem e uma mulher é o que embasa o comportamento homofóbico. As pessoas vitimadas pela homofobia podem sofrer danos emocionais irreparáveis. No Brasil, as práticas homofóbicas são recorrentes atingindo milhares de brasileiros. Nós psicólogos nos colocamos veementemente contra a homofobia e apoiamos ações da sociedade civil no sentido de erradicar esta prática violenta da nossa cultura por meio de iniciativas que englobem: intervenções educativas, leis específicas e políticas públicas.